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Por Manie El Khal, 1 de Novembro para o blog Hijab•Se

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Muitas vezes, para o senso comum, quando se pensa em uma mulher muçulmana que faz o uso do Hijab, acompanha-se a ideia de limitação. Isso pode ser devido ao desconhecimento e falta de convívio com mulheres muçulmanas em sua vivência cotidiana, como pode ser resultado da estigmatização das mesmas. De qualquer forma, a resposta para isso é: não, não há nada limitante no Hijab, pelo contrário. Mulheres que utilizam o Hijab em seu dia-a-dia são como quaisquer outras: estudam, trabalham, possuem sua própria rotina, hábitos, preferências, inclusive quanto à forma de vestir e estilizar o seu Hijab. E hoje, viemos trazer dicas de como adaptar e escolher melhor o seu Hijab para atividades físicas, para quem é ativa, adora praticar esportes e irá iniciar sua jornada com o Hijab, ou da mesma forma para quem já o usa, mas quer iniciar uma atividade física ou melhorar sua experiência.


Sai pra lá, calor.

Para início de conversa, vivemos em um país tropical, onde durante grande parte do ano, o clima predominante tende para temperaturas médias a mais altas. A primeira preocupação nesse caso deve ser escolher um tecido que te beneficie nas trocas de calor com o ambiente, permitindo que você transpire naturalmente, sem reter a transpiração e dessa forma aquecê-la ainda mais com o próprio calor do corpo.

As melhores opções de tecidos mais respiráveis para o verão ou dias de calor são algodão, malha, peças versáteis em tricoline e em viscose. Fique o mais longe possível de poliéster e náilon.


O que vestir?

A gama de opções é vasta! Felizmente, o vestuário esportivo nos permite explorar bem na escolha, visto que encontramos facilmente - e independente da época do ano - peças que se adequam bem aos nossos princípios de modéstia: kits de moletom - que nos deixam super estilosas e confortáveis -, calças estilo Jogger - porque não revelam a sinuosidade das curvas - , jaquetas de tecido leve - podendo ser usadas sem uma segunda peça, o que facilita muito -... Use a criatividade, pois a variedade de cores e estilos é grande, nos permitindo diversas combinações e especialmente, permitindo que possamos usufruir disso sem comprometer nosso bem estar e princípios.


Tecidos

Se atente aos tecidos: boas opções para realizar atividades físicas - além das citadas acima - são roupas em materiais como a malha fria - um tecido leve, confortável, versátil, macio que não amarrota e seca rapidamente -; o Tactel - que não retém a transpirção -, o Dry fit (ou poliamida) - cujos fios possuem capacidade de absorção quatro vezes maior que o poliéster, por exemplo -; e a Viscolycra - que pode ser esticada e volta imediatamente ao tamanho original por suas propriedades de alongamento -.


Hijab

Para fechar com chave de ouro, a escolha do item principal da composição: o Hijab. Os melhores tecidos recomendáveis para atividade física nesse caso são a malha e a Viscose. A malha é um tecido que possui uma elasticidade característica devido à sua formação. O tecido é constituído por fios têxteis tramados na mesma direção (horizontal), e tal elasticidade garante ao Hijab uma fácil modelagem natural à cabeça, não precisando de alfinetes para isso, de forma prática. Além disso, o próprio conforto e leveza do tecido são explícitos, o que torna possível praticar exercícios de forma igualmente leve e confortável. Quanto à viscose, é um dos tecidos mais utilizados para peças de verão, por exemplo, sendo uma excelente opção para Hijabs em rotinas de atividade física por ser leve e fresquinho. Ainda assim, ele não é transparente e além do mais, possui um ótimo caimento, dando um up para o look esportivo.


A Hijab•Se possui a recém lançada Coleção Conforto com 6 opções de cores (maravilhosas e versáteis!) com malha em Elastano e toque de Viscose. A Coleção Conforto foi criada pensando exatamente na demanda por versatilidade para as mais variadas atividades da rotina de uma mulher muçulmana, inclusive na prática de exercícios. Em outros tecidos, temos o Viscose, o queridinho de todas: Rabisco. Por fim, os demais Hijabs em Chiffon também são uma ótima opção por sua leveza e o aspecto frio do tecido, além de não reter o calor e possuir um ótimo caimento. Escolha os seus favoritos e use a criatividade!


E aí, querida leitora? Curtiu as dicas?

Conte para nós suas favoritas e compartilhe seus looks Hijabi Fit com a gente!

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Manie El Khal é ‬Designer de Interiores, estudante de Arquitetura & Urbanismo e Colunista Oficial da Hijab•Se. Mineira e descendente de marroquinos, ‬atua como professora, palestrante, orientadora para mulheres muçulmanas e não-muçulmanas na comunidade de Minas e trabalha como voluntária para a IERA em Belo Horizonte.

Amante da fé e da arte, mescla-as para traduzir sua essência.

Conheça mais sobre sua história através do Instagram: @maghrebiyah

 

Atualizado: 14 de set. de 2020

Por Manie El Khal, 14 de Setembro para o blog Hijab•Se

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Setembro Amarelo, todo mundo já ouviu falar. Mas o que podemos refletir com isso é bem mais pessoal e no texto de hoje, faremos isso juntas(os). O Movimento existe desde 2015 no Brasil, iniciativa do CVV (Centro de Valorização da Vida), Conselho Federal de Medicina e a ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). Foi criada com o intuito de trazer maior conscientização acerca do assunto e auxiliar na prevenção ao suicídio, associando a data ao mês do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro).


Ansiedade, depressão, transtornos psicológicos, saúde mental... Todos temas extremamente pertinentes na sociedade e tempo em que vivemos. O Brasil lidera o Ranking de pessoas com ansiedade no mundo inteiro, sendo 18.6 milhões de pessoas sofrendo com isso até 2017. Quanto à Depressão, saímos na frente de todos os países da América Latina e ficamos apenas atrás dos Estados Unidos no continente Americano como um todo, com 11.5 milhões de casos da doença (OMS, 2017). É importante ressaltar que existem ainda casos de pessoas com ansiedade e depressão simultâneas, além de outros transtornos ainda mais agravantes da doença e favoráveis ao suicídio. Também segundo dados Oficiais, até o ano de 2014, o Brasil era o oitavo país no mundo em taxa de suicídio, onde cerca de 32 pessoas tiram suas próprias vidas diariamente.


Estranho uma problemática tão chocante e com números elevados ser pouco discutida. Culturalmente (e de modo geral, globalmente), a inclinação de uma pessoa é de omitir situações de sofrimento, porque frequentemente isso é assimilado a fraqueza pela sociedade e tememos ser julgados ou vítimas de chacota no que diz respeito às nossas emoções. Em momentos difíceis, a tendência é de uma atitude de reclusão, buscar um refúgio no silêncio, na solitude e na compreensão das próprias emoções (ou o agravamento delas). Embora possa ser saudável passar um tempo só refletindo, existe um limite que deve ser policiado e respeitado por nós mesmos, pois uma imersão profunda e duradoura em situações angustiantes pode se desenvolver em algo muito maior, no qual quanto mais profundo se insere, mais cômodo parece ser se manter lá e mais trabalhoso é sair de um episódio prolongado de sofrimento, exaustão e desesperança.


Para alguns, isso não passa de "mimimi", "drama", "vitimismo" e afins, o que definitivamente não é o caso. Saúde mental é algo delicado e requer muita atenção e cuidado. Como seres humanos vivendo em sociedade e cujo respeito mútuo é chave, isso é o mínimo que podemos fazer uns pelos outros, respeitando inclusive as condições psicológicas alheias e evitando impor a elas uma carga ainda maior. Depressão, ansiedade e outros transtornos psicológicos podem ser fatais, e ninguém escolhe ser ou não vítima disso. Pode ser conosco ou com alguém que amamos, então, nosso papel a partir disso é nos educarmos melhor para sabermos lidar de forma correta com esse problema, seja no quesito pessoal ou alheio. Assim, podemos evitar ao máximo que isso chegue a um nível irreversível.


Trazendo para o lado mais íntimo, se pergunte: você já passou por algo traumático que desencadeou um episódio depressivo? É normal passar por algumas situações assim na vida, mas quando estamos imersos nisso parece algo inacabável e que não ter saída, não é mesmo? Para quem sofre de males como a ansiedade e a depressão, isso não é algo momentâneo, sendo sempre predominantes o desespero, pânico, insegurança, exaustão e desmotivação típicas. Sentir tudo isso por muito tempo (de forma progressiva), se sentir completamente sozinho lutando contra os próprios sussurros e se ver sem saída em meio a todo esse caos interno (além do constante gatilho externo) é uma barra e tanto.


A gota d'água sempre vem como algo surpreendente e inimaginável, porém, não é, e há grandes chances disso ter sido indiretamente comunicado diversas vezes. Embora em grande parte dos casos a pessoa evite falar abertamente sobre sua situação, há outras em que isso é perfeitamente manifesto, porém não é tratado como deve, sendo levado apenas como uma simples "tristeza" ou algo normal e passageiro. Em qualquer um dos casos, com a intensificação dos sintomas da depressão ou quaisquer transtornos com traços depressivos acentuados, à medida que o nível do problema avança é possível notar diferenças claras de comportamento, mesmo que se tente camuflá-los. Isolamento frequente, insônia, perda de apetite ou consumo excessivo, mudanças de hábitos, excesso de sonolência não usual, fadiga constante, perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas... são apenas alguns sinais que podem ser facilmente identificados, o que cabe a nós, (nós mesmos, amigos, familiares) notar e oferecer a melhor ajuda, desde o ombro amigo à (essencialmente) ajuda profissional.


Muitas vezes é difícil para a própria vítima compreender que o que está acontecendo tem raízes mais profundas, e assim, tende-se a existir o sentimento de culpa, que é frequentemente impulsionado pelas cobranças externas. Assimila-se a manifestação dos sintomas a meras "preguiça", "irresponsabilidade", "folga", "frescura", entre outros, o que faz com que a vítima se sinta ainda pior, ressalte suas falhas, se sinta "um peso", "insignificante" e cada vez menos veja sua importância para o mundo e as pessoas que a amam, especialmente quando o meio externo encoraja esses pensamentos. Isso é grave e é muito fácil permitir ou até mesmo impulsionar alguém inintencionalmente a chegar a esse ponto com nossas palavras, atitudes e/ ou indiferença.


Nesse Setembro amarelo, nos recordemos de fazer a nossa parte para além da Hashtag e as luzes amarelas. O problema está mais próximo do que percebemos e a solução está em cada um de nós. Que nossos esforços estejam direcionados a sensibilizar nosso olhar em nossas relações, cuidando de quem temos e especialmente, de nós mesmos para que possamos estar bem para cuidar do outro. Que possamos assim perceber os pedidos de socorro nas entrelinhas. Que internalizemos nosso poder de impactar as pessoas através de cada interação, dessa forma, oferecendo sempre a gentileza, o sorriso e um encorajamento a cada um que passa por nosso caminho, inclusive aos desconhecidos. Nunca sabemos o fardo que alguém carrega, sejamos então a brisa de ar fresco que os traz leveza, facilita, encoraja, permite descansar e renova as esperanças de se poder respirar e ver a luz novamente, dessa vez sem fardos.

Sejamos essas pessoas,

para além de Setembro.

💛

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Manie El Khal é ‬Designer de Interiores, estudante de Arquitetura & Urbanismo e Colunista Oficial da Hijab•Se. Mineira e descendente de marroquinos, ‬atua como professora, palestrante, orientadora para mulheres muçulmanas e não-muçulmanas na comunidade de Minas e trabalha como voluntária para a IERA em Belo Horizonte.

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