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É oficial: Marrocos conquistou o 4º Lugar na Copa do Mundo, e juntamente, conquistou corações e admiradores no mundo inteiro, do oriente ao Ocidente, arrastando uma legião de fãs e apoiadores para ser o Campeão. Sejamos honestos: Além de um show de futebol, exibindo a melhor defesa da Copa e mostrando garra e dedicação do primeiro ao último minuto de jogo, a Seleção do Marrocos deu show de exemplo e representatividade. Não só foi a primeira Seleção africana a chegar às semifinais, como representou africanos, árabes e muçulmanos nessa missão. Transbordaram gratidão, humildade, respeito às suas famílias, e não hesitaram em demonstrar um nítido orgulho de sua fé, diante dos olhos do mundo inteiro, que na maioria das vezes, se mostra hostil em relação à mesma.

Os jogos que a Seleção disputou foram uma expressão clara do que é o fruto de um verdadeiro trabalho em equipe, dos reflexos impactantes de um técnico que acredita no seu time e impulsiona o melhor de cada um, e do quão longe eles puderam chegar por seremos movidos pela paixão pelo futebol. Através disso, eles puderam não somente vencer 5 dos 7 jogos que disputaram, como inspirar o início de uma reparação histórica ao vencer Portugal e Espanha e dar um trabalho para a última: França, para quem perdeu na semifinal. Os três países tiveram domínio do Marrocos como Colonizadores por muito tempo, sendo a França, a última a deixar o País, em 1956.

Além do mais, listamos outras 4 lições importantes que a Seleção Marroquina nos deixou nessa Copa abaixo, confira:


1. A Devoção sincera é cativante, ainda que silenciosa.

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Uma das cenas que mais foram reproduzidas nos últimos dias, atraindo fortemente os olhos do mundo ocidental, foram os momentos de prece antes dos jogos, e as prostração dos jogadores – posição importante da oração, em que os muçulmanos posicionam sua testa no chão, simbolizando a devoção unicamente a Deus e a humildade em relação a Ele, pela pequenez humana –. O que chama mais chama a atenção para a beleza disso, é que eles não somente performaram as prostrações como forma de agradecimento a Deus após os jogos em que foram vitoriosos, como igualmente o fizeram nos últimos dois jogos, em que não obtiveram o sucesso esperado.


2. O amor e o respeito prevalecem sobre todas as coisas.

A cada gol, uma prostração. A cada final de jogo, uma celebração calorosa com familiares, em especial mães, filhos e esposas, com direito a correr para a arquibancada em direção às mães, para beijá-las, abraçá-las e até mesmo dançar com elas compartilhando com elas de forma especial a alegria por essas conquistas. Quer melhor exemplo sobre o que significa na prática ser um muçulmano, sem precisar abrir a boca para falar?


"O Paraíso se encontra aos pés das mães."

– Profeta Muhammad, que a paz e bênçãos de Deus estejam sobre ele.

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3. As diferenças nos enriquecem e unem, quando permitimos.

Talvez, o jogo mais emocionante da Copa tenha sendo essa semifinal de França x Marrocos. A Seleção de um país colonizado jogando contra a Seleção de seu Colonizador. Que peso teria a vitória ou a derrota do Marrocos nisso, não é mesmo? Infelizmente, acabou em derrota (tecnicamente), mas você, leitor(a), reparou no clima que se deu após o jogo? Normalmente, a expectativa seria de rivalidade entre os times, mas o que aconteceu foi o contrário: além de abraços de consolo entre o técnico e seu time, fomos marcados por demonstrações de carinho com direito a troca de camisetas entre Hakimi (do Marrocos) e Mbape (da França), colegas no time francês Paris Saint German. E talvez você pense que isso seja apenas uma exceção por serem colegas de time, mas não foi, pois os demais jogadores também trocaram abraços, sorrisos e cumprimentos, inspirando cenas emocionantes em um momento igualmente emocionante.

Vale ressaltar, que o time que garantiu a vitória para a França, é de formação multiétnica, em que muitos jogadores são negros e de origem africana e árabe.

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4. Quando lhe dada a chance, seja a voz de quem não é ouvido.

Erga para ser erguida(o).

Tanto a Seleção como a Torcida Marroquina se recordaram da causa Palestina frente ao Mundo. Levantando bandeiras e puxando cânticos, a causa que é ignorada mundialmente, teve seu lugar garantido nos jogos e marcou presença com força. Sejamos de forma similar, quando nos for dada a chance, a voz de quem não é ouvido, e juntos, podemos amplificar algo que um dia foi esquecido. Ergamos para sermos erguidos. Que possamos estender a mão aos que necessitam e defender as causas que importam, ainda (e especialmente) que o mundo não se importe.

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Bônus: 5. A mídia segue sendo a mídia. E nós seguiremos sendo quem somos: muçulmanos.

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Por inúmeras vezes assistimos a críticas ao Islam e os muçulmanos nessa Copa, de forma ignorante. É mais do que válido criticar a postura e política de países, independente de serem de maioria islâmica, mas a religião nunca fundamenta tais posturas, e sempre sai rotulada como agente por trás disso. Repetidamente, vimos isso ocorrer na própria mídia brasileira. Imagine só, na mídia europeia e americana? Pois bem, nem a Seleção Marroquina teve escapatória. Apenas para o fim de exemplificar, além de chamar os Qataris de terroristas para não perderem o costume, a mídia foi capaz de comparar um dos jogadores Marroquinos a integrantes do ISIS; tal como ser racista e traçar um paralelo de semelhança entre uma família de macacos com as cenas em que os jogadores abraçam suas mães.


Em resumo, não importa o que façamos, enquanto a mídia se mantiver no padrão atual, nada muda. Seguirão nos rotulando, enquanto seguiremos resistindo e sendo o melhor daquilo que somos: muçulmanos. E assim como o Marrocos, pelo orgulho que carregaram por essa característica, chegaram onde chegaram, sendo indubitavelmente campeões, independente do título. E assim, igualmente seremos.


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Manie El Khal é Arquiteta, Urbanista, ‬Designer e Colunista Oficial da Hijab•Se. Mineira e descendente de marroquinos, é amante da fé e da arte e mescla-as para traduzir sua essência.

Conheça mais sobre sua história através do Instagram: @maghrebiyah


 

Atualizado: 20 de nov. de 2022

Por Gabriela Amin, 20 de Novembro para o blog Hijab•Se

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Hoje, 20 de Novembro, recordamos mais um dia de "Consciência Negra", em um mundo que essa recordação deve ser essencialmente diária, não apenas limitada a uma data com programações especiais e efêmeras. A Consciência, respeito, apreciação da Negritude é muito complexa e urgente para ser reduzida a um momento, e a luta antirracista deve ser compartilhada por cada um de nós, especialmente quando somos ensinados a isso pela nossa fé. Com isso, gostaria de refletir acerca da importância de um assunto: por que todo o muçulmano deve aprender sobre o Islam na África (mesmo os de origem árabe).


"Imite os negros, pois dentre eles estão três habitantes do paraíso: Luqman, o sábio; Negus o imperador da Abissínia; e Bilal o muezzin."


Um dos ensinamentos do Islam é de que há um vazio no coração do ser humano - independente de sua origem - que só pode ser preenchido por Deus. E que todos estamos sujeitos à vontade e ao poder d'Ele. Quem se chama "muçulmano" é somente alguém que reconheceu sua situação.


A disposição natural de se entregar a Deus é igual em todos. Por isso, é errado associar o Islam a somente um grupo étnico ou nacionalidade. Apesar disso, mesmo livros de história escritos por "mestres" e "doutores" no assunto apresentam o Islam como uma revolução cultural árabe. Porém, quando olhamos para a primeira comunidade muçulmana, em Madinah, vemos um cenário muito mais diverso. Na cidade iluminada viviam, além de árabes, pessoas de diferentes origens, como persas, curdos e judeus étnicos. Porém, um grupo se destacava após os árabes: os abissínios.


A África é parte da história do Islam


Há 14 séculos, o Profeta Muhammad (que a paz de Deus esteja sobre ele) liderava, em Madinah, a oração fúnebre do Rei da Abissínia, Al-Najashi. Ele marcou a história islâmica por acolher muçulmanos fugindo da opressão dos árabes pagãos, e se tornou o primeiro líder de estado a aceitar a mensagem do Islam, escondido de seus servos. Também em seu Reino, foi construída a primeira Mesquita após a revelação do Alcorão. O Masjid al-Qiblatayn, fica onde hoje é a Somália e foi construído antes da Mesquita que leva o mesmo nome, em Madinah, por esse grupo de refugiados e de abissínios locais que se converteram.


Atualmente existem mais muçulmanos na África do que em todo o Oriente Médio. Mais muçulmanos na "África Subsaariana" do que em todo o Norte da África. Podemos ressaltar fatos desde a primeira comunidade muçulmana, à forma como o Islam se espalhou no Continente Africano, trazendo uma religiosidade autenticamente Africana sem contradizer a Sunnah, até os combates contra reis hipócritas que capturavam e escravizaram muçulmanos e os malês que chegaram ao Brasil colonial... As lições que podemos aprender sobre muçulmanos africanos não cabe em um curto artigo.


Seguem algumas lições que todo o muçulmano brasileiro, independente da origem do sobrenome, pode aprender com a história dos muçulmanos africanos:



A seriedade no aprendizado do Alcorão


Diferente de outros livros, o Alcorão (do árabe Al Qur'an, ou "a recitação") não é a sua cópia física. Mesmo que todas as cópias fossem destruídas hoje, em poucas horas eles poderiam ser reescritos, graças aos esforços dos muçulmanos de preservá-lo através da memorização e recitação.

Em um Hadith famoso, quando perguntada como era o caráter do Profeta (que a paz de Deus esteja sobre ele), Aisha respondeu: seu caráter era o Alcorão. Em outra ocasião, ela disse que ele era o “Alcorão ambulante”.


Parte da educação corânica, como ocorria em regiões da África Ocidental, tinha como objetivo não somente em memorização, mas em tornar o estudante em uma cópia ambulante do Alcorão, fazendo com que ele absorvesse os ensinamentos do livro em seu caráter. E ainda na época colonial, o Alcorão chegou ao Brasil, mas não em papel. Ao contrário, ele chegou em nossas terras em carne e osso, acorrentado em navios negreiros. Milhares de muçulmanos africanos que chegaram as Américas eram hafiz - haviam memorizado o Alcorão -. Não obstante, além da dedicação ao Alcorão em geral, muitos desses homens e mulheres eram alfabetizados em seus idiomas de origem, enquanto a maioria dos senhores de escravos não sabia ler.



Dawah é ação, não discurso


Hoje, nós muçulmanos sofremos de má reputação. Porém, de pouco adianta utilizar os argumentos mais eloquentes para explicar a nossa religião, pois essa reputação se dá por existir uma desconexão entre a nossa prática e os ensinamentos religiosos.

De acordo com o historiador Rudolph (Belal) Ware, diferente do que aconteceu nas regiões ao norte, o Islam se espalhou do leste ao oeste africano não por conquista militar, nem por proselitismo. Pelo contrário, formaram-se grupos de muçulmanos africanos convertidos, que se dedicaram extensivamente a caridade, a medicina, a alfabetização de seus povos e — aos que quisessem aprender — ensino do Alcorão.


Não é a toa, até pouco tempo, diversos idiomas falados ao Sul do Saara - do Somali ao Hauçá, eram escritos no alfabeto árabe. O Islam se espalhou na região pelo benefício que esses educadores muçulmanos traziam as suas comunidades. Um exemplo famoso desses educadores foi uma mulher, Nana Asmau. Ela ficou famosa por criar uma irmandade (como elas se chamavam) de mulheres professoras, que viajavam e educavam outras mulheres. Ela era filha de Usman dan Fodio, que fundou o Califado de Sokoto após guerrear contra reis da região que participavam da captura e venda de pessoas escravizadas, com o princípio de que um muçulmano não deveria servir a ninguém, exceto a Deus.



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Nascida em São Paulo, Gabriela Amin é muçulmana, mãe em home office e redatora.

Conheça mais sobre sua história através do Instagram: @agabiamin


 

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Se existe alguém que possa ser mencionado em todos os aspectos como um exemplo de virtude, caráter, comportamento e vida, essa pessoa é sem dúvidas o Profeta Muhammad, que a paz e as bênçãos de Deus estejam sobre ele). De forma atemporal, sua vida pode ser analisada do início ao fim e nos trazer respostas e soluções de todos os tipos de problemas e situações contemporâneas, além de nos inspirar ao desenvolvimento pessoal do nosso caráter, tal como o desenvolvimento das nossas sociedades e meios de atuação. Inclusive considerado a pessoa mais influente de todos os tempos ocupando a primeira posição de cem na lista que inclui os maiores cientistas, filósofos, pensadores, artistas e figuras religiosas de todos os tempos na obra de Michael Hart. Esse é Muhammad (saws), incomparável. Nesse texto, falaremos um pouco melhor de sua vida e como ela impacta todo o Universo.



Quem foi o Profeta?


O Profeta Muhammad, nascido neste dia, há 1444 anos atrás, em Makkah – Arábia Saudita, foi escolhido por Deus para ser o selo da Profecia, ou seja, para finalizar da melhor forma a missão dos Profetas de passar a orientação Divina à humanidade através dos Livros Sagrados revelados por Deus, o que se refletia na vida de cada um deles. Assim, Muhammad (saws) foi o último Profeta e não deixou dúvidas ou falhas no “manual de instruções” que viveu e nos entregou como guia, que nos ensina os melhores meios de se viver de forma harmônica com a fé e o Universo, o que se aplica a toda e qualquer sociedade, toda e qualquer época, até o fim dos tempos.



Luz e pureza – O honesto e o verdadeiro


Desde sua infância, é inegável a luz que emanava do Profeta – que se tornou Profeta aos 40 anos, após longos períodos de isolamento e adoração a Deus – e isso se dá não somente por sua própria pureza, mas especialmente por ser o escolhido de Deus para carregar sua tão nobre missão. Inclusive, quando ainda era criança e brincava, um anjo abriu seu peito e lavou seu coração purificando-o ainda mais, preparando-o para a Profecia que o atingiria mais tarde. Desde então, o Profeta dedicou sua vida ao bem, adorando a Deus sinceramente em um contexto conturbado pela idolatria, e transbordando virtudes em todas as suas atitudes. Durante a juventude, era conhecido por todos como “O honesto e O verdadeiro” e tinha uma nação inteira confiando toda e qualquer decisão a ele, por seu caráter impecável.



Testes – a fonte da paciência


A vida do Profeta nunca foi fácil. Perdeu seu pai ainda no ventre. Se apegou à mãe e logo despediu-se dela quando ainda nem havia superado a ausência do pai. Foi assolado por contínuas perdas de quem amava, incluindo seus filhos ainda bebês, sua amada esposa, Khadijah, que era seu porto seguro, entre tantos outros testes pelos quais passou e pacientou, confiando na recompensa e companhia de Deus durante esse processo.


Como Profeta, não foi diferente. Apesar de até então ser reconhecido por sua honestidade e como alguém que jamais enganou ou mentiu, assim que recebeu a Primeira Revelação e assumir seu papel como Profeta diante dos familiares e conhecidos que tanto confiavam nele, foi renegado, desmentido, tido como louco e mentiroso. Depois disso, teve que enfrentar – junto a toda a responsabilidade que agora o acompanhava – grande repressão, perseguições, boicotes comerciais, cercos que separavam a ele e seus seguidores do resto da sociedade – impedindo-os de se alimentarem, trabalharem e viverem dignamente – tal como apedrejamentos e combates sangrentos, além de toda a carga emocional que isso proporcionava.



Perdoe-os pois eles não sabem


Ainda que tenha sofrido tudo isso, passou a vida pedindo perdão por aqueles ao seu redor, inclusive os que nutriam inimizade contra ele, o maltratavam e cometiam atrocidades contra ele e seus seguidores, em uma ocasião limpando o sangue de seu rosto e relembrando o que Jesus disse anteriormente “[...] ó Deus, perdoe-os, pois eles não sabem!”. Ele não permitiu que a dor o tornasse amargo, rude, ou rígido, mesmo com essas pessoas. Havia inclusive uma mulher que vivia ao lado do Profeta, e todos os dias jogava detritos e sujeiras em sua porta. Um dia, ele saiu e não encontrou nada, e estranhou o ocorrido, por isso foi à sua casa verificar se estava tudo bem com ela. Como esperar qualquer maldade de um ser humano que tem a compaixão e a bondade correndo em suas veias em tal nível?



O melhor para todos os seres


Com seus companheiros, familiares e esposas, era ainda mais amoroso, compassivo, cuidadoso e bondoso. Transbordava bom humor, ria, brincava com as crianças, permitia que elas brincassem na Mesquita e subissem em suas costas durante a oração. Com as suas esposas, apostava corrida, levava-as para se divertirem; libertava e incentivava a libertação dos escravizados e garantia a eles o mais alto nível de dignidade na sociedade, aconselhava carinhosamente todo aquele que o buscava para qualquer coisa, distribuía todos os seus bens de forma totalmente altruísta sempre pensando no melhor para o outro, sem qualquer discriminação de gênero, classe, cor, ou qualquer outro critério. Foi o primeiro ativista por direitos humanos, animais e meio ambiente no mundo: ensinava o cuidado e a gentileza com todos os seres vivos, inclusive animais e plantas; Ensinava a servir os outros para servir a Deus, garantindo o direito de cada um, ressaltando os direitos das mulheres, dos idosos, das crianças, dos órfãos, dos pais, e até mesmo nos orientou quanto ao direito que temos sobre nós mesmos, devendo nos cuidar para poder assim cuidar dos outros, para uma sociedade saudável e harmônica.



Indubitavelmente: o escolhido


Impossível não reconhecer uma alma tão nobre como o selo da Profecia, o último Profeta escolhido por Deus para orientar a humanidade, o maior exemplo de vida que esse mundo já viu: Misericórdia para a humanidade. Que possamos honrá-lo e nos espelhar em suas virtudes em um mundo que necessita mais do que nunca da sua luz e mencioná-lo não apenas com nossas bocas, mas com nosso caráter e nosso impacto no mundo. Que possamos o encontrar, assim, no dia do Juízo, e sermos reconhecidos como sua nação, aqueles que seguiram seus passos e viveram seus ensinamentos. Eis quem a paz e as bênção de Deus acompanharão até o fim dos dias: o Profeta Muhammad (saws).


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Manie El Khal é Arquiteta, Urbanista, ‬Designer e Colunista Oficial da Hijab•Se. Mineira e descendente de marroquinos, é amante da fé e da arte e mescla-as para traduzir sua essência.

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